sexta-feira, 30 de julho de 2021

Crochetando por aqui!

Gosto não se discute!
Pra alguém especial um unicórnio

Co,co,co corico la vem a galinha!

Emoções pra todos os gostos!

Um elefante incomoda muita gente!!
Gosto de algum me avise que faço pra vc!


 

terça-feira, 13 de julho de 2021

Um Lar.


         Na janela uma paximina  rosa trazia cor  aquele casebre capenga na beira do caminho. Flores e verduras no jardinzinho mostravam que alguém vivia ali.  Os vizinhos no começo comentavam sobre a mulher e o  bebe que chegaram ali a dez anos mas não notaram que o bebe comemorou seu 1° aniversario no mesmo dia que fazia um ano da chegada. Eu fazia faxinas em volta sempre com o bebe sobre meus olhos, de pouca conversa aceitava tudo que me davam pelo meu trabalho, mas ninguém sabia que as poucas moedas iam pra debaixo de uma pedra solta no assoalho.  Nada de luxo, a única concessão era feita aos livros.
O começo foi duro, chegamos num dia de chuva , sem lugar pra ficar só com uma bolsa meio murcha.
Eu foi procurando pelo caminho e rezando para que a casa a tanto tempo esquecida ainda estive se lá. Na ultima curva bem como fora dito estava a casa envolta no verde da floresta. A chave no pescoço do bebe serviu na fechadura como se nunca tivesse  saído dali.
       No canto da pequena casa um fogão a lenha, louças nas prateleiras , um baú e uma cadeira de balanço. tudo coberto de pó. La foram a chuva aumentando não me deu escolha, olhei a minha volta pra ver oque podia usar no fogão pra nos aquecer. A casa era um mistério por si só. Parecia que um dia alguém simplesmente fechara porta e se foi deixando tudo , no lado do fogão uma caixa com gravetos e lenha nos salvou do frio e adormecemos na cadeira de balanço.
       Chuva! choveu o dia todo e eu fucei a casa , uma escada levava ao sótão onde uma cama e um armário viraram um tesouro. Roupas guardadas com cuidado mostravam que um casal e uma criança viveram ali.
       Não havia muito que fazer a não ser limpar e arejar oque desse. a comida que trouxe ainda daria pra uns dois dias então tinha esse tempo pra  investigar o lugar.

domingo, 11 de julho de 2021

Dia de vacina!

             As coisas por aqui vão seguindo! Meu pai tomou suas 2 doses, minha mãe também! Quando vi ja era minha vez. Passei no posto de saúde e fiz os cartões do SUS e peguei os números de cadastro pra que todos aqui fossem vacinados.    

            Eu bem feliz perguntei ao marido sobre a vacina e ele veio com uma historia que ia tomar no trabalho e tal, que não precisava do cartão nem nada. Eu quieta fiquei. Esperei chegar na vez dele tomar e   fui ao posto com os documentos dele e fiz o tal cartão peguei o prontuário  e anunciei que no sábado da folga dele ele me levaria ao  terminal pra vacina.

            Sábado cedo anunciei que iria  sair pra vacina. Tirei todos da cama e la fomos nós.

            O filho bem contente tagarelava que iria ao shopping comer um hambúrguer na volta. Já estávamos na fila quando perguntei "vc vai tomar a vacina também? " para um marido de mau humor . Ele fez um discurso sobre o fato de a medicina não ter evoluído e nos ainda precisarmos ser espetados rsrsrsrs estava ali o medo! 

       - Pai a vacina não doi! depois a gente vai no shopping e eu te compro um um hambúrguer ! era a conversa do menino!  Eu bem na minha esperava a nossa vez!  De repente  a fila andou rápido e estávamos diante da moça que diz: Vacina pra dois? eu respondo 2 enquanto ponho a mão no bolso e o marido rapidamente 1, rsrsrsrs olhei o com um olhar de morte e ele resmunga 2!  Enquanto a moça confere os documentos ele  me diz  que queria tomar uma vacina de dose única. Eu fervi na hora rssrrsrsr 

Não é que o medroso conseguiu sua vacina de dose unica! Então estamos vacinados mas mantendo todos os cuidados.

sábado, 10 de julho de 2021

Fugindo.

 Meu reflexo  no espelho  não inspirava ninguém, magra , cabelo cor de palha, as roupas jogadas sobre o corpo, uma bolsa enorme, mas meio murcha, sapatos gastos.  Uma figura insignificante a não ser pelo olhos de um verde estranho , que olhavam em volta como que procurando uma saída, ou uma fuga.

No circulo uma vida estava sendo decidida, dentro de um cesto o bebe não imaginava oque estava por vir.

Sem chegarem a uma decisão, ergui a voz e todos surpresos voltaram o olhar pra mim. 

- Ele precisa ser cuidado enquanto não decidirem seu destino e eu reivindico esse direito afinal eu sou a madrinha dele.  Os cochichos que se seguiram foram abafados. Uma mão foi colocada sobre a minha  e a pergunta foi simples: - Acreditas na nossa fé então?

                                   - Sim ! ( nunca foi tão fácil mentir, minha cabeça fervia, ja tinha encontrado o caminho da fuga.) 

Mesmo que quisessem, eram todos velhos não seria fácil cuidar dele e eu parecia a saída perfeita.

Peguei o cesto e segui calmamente para porta.  Na rua a multidão ia e vinha sem nos perceber. O homem atrás de mim sussurrou  "Vai". Ergui a cabeça, respirei fundo e fui. No primeiro boteco procurei pelo banheiro.  Tirei o casaco . Da bolsa foi surgindo minha verdadeira personalidade. Um macacão desbotado, uma camiseta rosa  e tênis pra poder correr!   Tinha também uma roupa rosa pro bebe que assistia a tudo silenciosamente. Embrulhei  o na pachimina rosa que havia comprado impulsivamente a alguns anos e nunca usara. Ajeitei o que sobrou na cesta  peguei o bebe no colo e sai calmamente pela porta lateral. Caminhei alguns metros  sem olhar pra trás quando me vi cercada por crianças pedindo esmola, dei lhes a cesta e eu mesma me perdi na multidão.

Na saida da vila fui parada! olharam me de alto a baixo e a pergunta : - O bebe é seu?   -Sim "ela" é minha! Antes de qualquer outra pergunta "ela" abriu os olhos de um verde estranho e mostrou um sorriso banguela ao oficial que nos olhou e fez sinal para seguirmos.