terça-feira, 13 de julho de 2021

Um Lar.


         Na janela uma paximina  rosa trazia cor  aquele casebre capenga na beira do caminho. Flores e verduras no jardinzinho mostravam que alguém vivia ali.  Os vizinhos no começo comentavam sobre a mulher e o  bebe que chegaram ali a dez anos mas não notaram que o bebe comemorou seu 1° aniversario no mesmo dia que fazia um ano da chegada. Eu fazia faxinas em volta sempre com o bebe sobre meus olhos, de pouca conversa aceitava tudo que me davam pelo meu trabalho, mas ninguém sabia que as poucas moedas iam pra debaixo de uma pedra solta no assoalho.  Nada de luxo, a única concessão era feita aos livros.
O começo foi duro, chegamos num dia de chuva , sem lugar pra ficar só com uma bolsa meio murcha.
Eu foi procurando pelo caminho e rezando para que a casa a tanto tempo esquecida ainda estive se lá. Na ultima curva bem como fora dito estava a casa envolta no verde da floresta. A chave no pescoço do bebe serviu na fechadura como se nunca tivesse  saído dali.
       No canto da pequena casa um fogão a lenha, louças nas prateleiras , um baú e uma cadeira de balanço. tudo coberto de pó. La foram a chuva aumentando não me deu escolha, olhei a minha volta pra ver oque podia usar no fogão pra nos aquecer. A casa era um mistério por si só. Parecia que um dia alguém simplesmente fechara porta e se foi deixando tudo , no lado do fogão uma caixa com gravetos e lenha nos salvou do frio e adormecemos na cadeira de balanço.
       Chuva! choveu o dia todo e eu fucei a casa , uma escada levava ao sótão onde uma cama e um armário viraram um tesouro. Roupas guardadas com cuidado mostravam que um casal e uma criança viveram ali.
       Não havia muito que fazer a não ser limpar e arejar oque desse. a comida que trouxe ainda daria pra uns dois dias então tinha esse tempo pra  investigar o lugar.

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