A mulher do ancinho se chama Ana! Dois dias depois ela me apareceu na porta, com uma trouxa nos braços! dentro do embrulho um Bebe arrulhava como um passarinho curioso.
Maria nascera alguns dias antes da minha chegada durante a primeira noite da tempestade.
Sem cerimonia ela colocou a bebe na cesta junto com Joaquim e pegando num lado da cesta me indicando o outo lado, me convidando pra ir na horta.
As coisas estavam quase do mesmo jeito., mas ela notou logo que eu havia arrancado algum mato.
-Não faça mais isso!! Se esta no mato é nosso, do contrario temos que dividir! Eu já te avisei.
Do bolso do avental tirou varias trouxinha com sementes e começou a pô-las na terra desordenadamente.
-A regra é clara tudo que plantamos aqui tem que ser dividido com a senhora do condado.
- Cuido da horta de Marta dessa forma desde que a lei foi pregada em cada porta daqui!
Com um olhar de cima a baixo a pergunta foi simples:
-Vamos continuar como venho fazendo e divido com vc?!
Essa criatura me deixa confusa mas acho melhor ter algum apoio por aqui, então concordo.
Colhi alguma coisa pro almoço e voltamos pra casa.
Ja dentro da cozinha a conversa foi ainda mais esquisita.
- Vc mexeu na coisa dela la encima!
-É mexi sim, Marta não precisa de nada que achei la, mas eu e Joaquim precisamos de roupa e tudo que tem lá vai nos manter aquecidos nesse inverno.
- Marta tinha roupas boas, separe algumas das melhores que vou vender pra vc ter dinheiro. Vcs não vão consegui viver de cenouras pra sempre.
Depois de uma sopa e alguns minutos enfrente a pilha de roupas que tinha lavado mais cedo. Ana se foi com a bebe e uma trouxa com os melhores vestidos de Marta.
Espero ter feito a coisa certa.